domingo, 3 de abril de 2016

O amor sabe a tanto

Não ando a escrever.
Estou de coração cheio e não é por falta de tinta mas é que o amor cala-me, como sempre me calou. Perdi todas as vontades em sarar as feridas em tinta ou com as mãos calejadas, porque curas tudo com a tua presença.
O amor sabe a tanto quando não nos deixa abraçar e ligar ás três da manhã porque o sono não aparece.
Lembro-me da rejeição que eu te causava antes de conhecer o calor que a tua pele traz à minha.
Mas sei também que não fazia sentido ser de outra forma. Sabias mais de mim do que eu queria, esperavas um futuro maduro enquanto eu desperdiçava-te,
Plantei as minhas próprias feridas.
Descobri que não era ninguém sem ti quando me perdi sozinha.
Tens-me em tudo, a mais.
Amei-te antes de me deixares amar-te com a carne, amei-te antes da minha língua tocar na tua orelha ou pescoço. Amei-te devagar e agora amo-te por inteiro.
Curamo-nos um ao outro, saramos as feridas e concertamos as memórias.

Amo-te finalmente completa.

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