quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Prova-o

Pede-me para ficar. Diz-me que ainda existe uma garrafa à nossa espera naquele spot nosso, das segundas à noite. Convence-me a não abrir a porta do carro e, se for necessário empurra-me contra ela mas agarra-me pela cintura. Não me deixes ir. 
Explica-me mais uma vez até quando isto vai continuar ou o que realmente queres sem mendigar pelo "não sei". Acende o cigarro e devolve-me o fumo só para voltar a tocar nos teus lábios.Convida-me para sair, pede-me para dançar contigo e acompanhar os amadores passos de kizomba agarrada a ti. Pede-me uma massagem em cada canto e um beijo em cada ponto. Não me deixes olhar para o relógio. Convence-me a ficar contigo até as 4h ou 5h da manhã. Pede-me para ficar.
Esconde as minhas sapatilhas ou põe-nas no sitio mais alto que encontrares, distrai-me no maior abraço, ou rebola comigo pela cama. Tira-me os risos mais puros que me fazes sentir.
Só te peço que não me tires o tapete dos pés. Que não me tires o chão a qualquer momento, mas que a tires a ela, da tua vida. Tira-me antes a roupa e beija-me. Mas beija-me todos os dias.
Acredito tanto de ti como de mim que queiras vir. Mas se vieres, vem contigo. Por inteiro, como já te tive. 
Mas também não te quero na minha vida dia sim, dia não. Ou é sim, e é para sempre ou é não, e é nunca mais. Eu odeio o meio termo, o "mais ou menos", o "às vezes" ou o "não sei". Não quero que me prometas mundos e fundos e amanhã não tenha sequer uma mensagem tua. Prefiro que seja simples mas todos os dias. E se não for todos os dias, que seja sempre que possas. 
Mas pede-me para ficar.
Prova-me que me queres, prova-me que sou a pessoa com quem queres planear, ficar e casar. Prova-me que me amas acima de qualquer coisa, e que tudo isto não passam de meros obstáculos que tu queiras ajeitar. Não me provoques por me amares, e a tenhas pelo caminho mais fácil. Porque eu devia ser a determinação em cima da incerteza. E se assim o é,
Prova-o. 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Estou perdida mais uma vez



Lembro-me da ultima vez que aqui estivemos, as árvores são as mesmas mas com mais folhas, a água continua límpida e a mesma pedra que pisamos ainda abana ... A última vez que aqui estivemos juntos e agora estou sozinha neste mesmo sítio, como em tantos outros que me fazem lembrar de ti. 
As pessoas são poucas mas nem fazes a mínima ideia do barulho que se faz na minha mente.
Estou perdida mais uma vez. 
Não te quero ver, estou farta de te ver e não voltar a ver. Não me ligues mais, não me escrevas mais, não me procures mais. Não te lembres mais de mim e não fales de mim a ninguém. 
Não sou mais a tua segunda opção, não sou mais um incômodo e deixo de ser o teu refúgio. Não procures mais noutras pessoas o que tens em mim, não tentes encontrar pedaços meus noutra...
Não quero ser mais uma dúvida.
E assim me despeço.
Amo-te

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Sobe o degrau


A última vez que escrevi para ti foi à umas longas semanas atrás, as coisas não estavam bem em mim, porque entre nós continuam iguais. Tal como agora, as coisas começam a deteriorizar-se, não têm o mesmo sabor, a mesma cor, o mesmo tom. Mas estão melhores. Falo por mim, se só existissemos nós, neste momento, estariamos melhores, mais unidos, mais nós, mais namorados, melhores amigos, amantes, tudo num só, mais apaixonados. Tento aguentar não falar contigo, já reparaste eu sei, acredita que é para te mostrar que sou mais forte que isto, mas acabo por quebrar, como tu. Tentas, mas deslizas. Estou assim tão presente em ti, como tu em mim. Estamos vivos.
Seja os desabafos ou apenas a vontade de estarmos juntos, acontece. Acontece sempre. Precisamo-nos por nos conhecermos melhor que ninguém.
Se ignorares-me é o teu plano para me deixares ainda mais nervosa por não saber onde andas ou com quem andas, estás no caminho certo.
Não vejas a recusa como o "não te amar", porque quero tanto ou mais que tu. Talvez eu tenha conseguido fazer o que tanto precisava a alguns tempos, dizer-te o "não", e conseguir resisti-lo. Não estamos no mesmo pé de igualdade. Sobe o degrau, deixa para trás o que não te deixa voltares. Fica ou vai.
Saber o que sei hoje depois de termos estado juntos (...) Tu tinhas-me na mão, era só fechar. Apertar, guardar, levar(-me) contigo para bem longe.
Não sabes, mas a música é nossa e eu estou na minha. Sozinha. Enquanto existires tu e um nós.
Fico à espera que me procures mais uma vez, definitivamente!
Escrevi só para tirar 1% dentro de mim, amanhã logo se vê.
Um beijo, amo-te.

what do tou think?