domingo, 27 de dezembro de 2015

Mas quem eu quero enganar?

Estou mal comigo mesma.
Acho sempre que consigo controlar tudo e que sou capaz de resistir a tudo mas perco sempre. Principalmente em relação a ti. És o meu ponto fraco. 
As pernas tremem, os meus olhos seguem-te, o meu coração lateja. 
Não apareças. 
Peço-te coisas que eu nem sequer quero.
Mas quem eu quero enganar?
Perdi tempo a achar que ainda te tinha, mas andava a esconder a verdade de mim própria. Nem sei se estive lá perto.
Depois de tantos dias perdidos ou tantas noites a criar amor com suor, com saliva ou apenas com palavras, não sei até onde chegamos.
Quanta saudade precisas para curares essas cicatrizes?
Quanto amor precisas para quereres uma vida a meu lado?
Queria que a resposta fosses tu. De surpresa. Mas quantos quereres eu já quis? 
Tenho medo que nem chegues a lembrar-te de mim.
Hoje não te quis estragar a noite e deixei-te divertires-te. Com ela. Não apareci.
Passei por aí. Queria entrar. Mas és mais forte que eu. Fica. 
Masoquismo. Puro masoquismo acredita.
Pensava que me ias ligar, mas são 3h da manhã e já deves estar mais para lá do que para cá. Tal e qual como te pedi, que te divertisses. 
E tal e qual como estou, entre copos, as minhas lágrimas são o teu festejo. E tu comprovas com uma àrea vip ou seja lá o que for.
Desde que descobri que as tuas mãos percorrem outro corpo que os cacos ficaram no chão e apesar de ainda teres tentado juntá-los, o puzzle ficou virado ao contrário. Ainda te amo. Ainda te quero com a mesma vontade como a que te devoro numa cama.
Estou cheia de saudades tuas. Saudades que nem sei se as vou matar.
Mas estou mal comigo. 
Por não te querer deixar ir. 





sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Parabéns meu amor.

Amanhã fazes anos e não sei que te dizer. Digo-te que te odeio? Ou que te amo? Não sei meu amor. Desde que te conheci que dois anos já passaram. Estive longe de achar que íamos dar um laço e há uns meses desenlaçaste-o. 

Estás crescido. Eu vejo como mudas, desde o modo de andar até aos teus objetivos. Vi a tua barba crescer enquanto ao mesmo tempo tu vias-me a começar a usar maquilhagem, a tomar a pílula e a ser mais mulher. Crescemos juntos e se há algo que tenho mais orgulho foi de te ter amado em todos esses momentos e por incrível que pareça ainda estou mais apaixonada por ti.
Pensei em comprar-te um bolo com o número de dias que passamos juntos. Preparei uma surpresa para ti que ainda continua aqui em pedaços na esperança que ainda recuasses. Fiz-te mil post-its escritos para encher o teu carro. Comprei-te uma camisa com o intuito de a usares e te lembrasses de mim. Mas quem eu quero enganar meu amor? O teu dia de festejo vai ser o meu dia de desgraça.
Ela vai beijar-te à meia noite e eu vou estar em casa a guardar em mim um “Amo-te muito, espero que tenhas um dia excelente! Parabéns” querendo ser eu a torna-lo.
Estava desejosa deste dia à uns dias atrás, estávamos bem, tinha os teus bons dias matinais e um “amo-te” recheado que me enchia mais o coração ao adormecer. Estavas mais doce. Ironia do destino, num dia amavas-me e no outro desististe de mim.
Prefiro ter-te conhecido com manias que te tirei e com um humor que te acrescentei, prefiro não te ter do que te partilhar com outro alguém que só te conheceu no final da tua adolescência.
A paz de estar ao teu lado e não desejar mais ninguém. A certeza que nunca amei tanto alguém na vida. De todas as incertezas que tu achavas que eu tinha, eras a mais certa sem dúvida. O que mais queria.
Não suporto este nosso amor falhado e tu não queres o sucesso da nossa junção. Matas quaisquer possíveis histórias que poderia criar apenas porque desististe quando eu ainda estava a meio. 
Completas os teus 20 anos e eu acompanho-te de longe quando queria ser eu a beijar-te com um copo de champagne na mão, mesmo que eu odeie e o beba porque fica bem. Eras um puto, o meu puto. E o tempo passa e continuo adorar o puto que fez de mim o seu primeiro amor e que me deu o primeiro orgasmo. Não tenho duvidas que me proporcionaste os melhores momentos. E só tenho pena de não poder partilhar este dia da mesma forma que partilhaste comigo o meu. 
Quero muito que sejas feliz.
Amanhã, o dia é teu. Parabéns meu amor. 
Hugo Juvenal.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

O meu problema é amar-te muito

Quando escolhemos namorar com alguém queremos tornar eterno aquilo a que estamos a dar um começo.
Sempre pensei assim, desde o dia em que aceitei namorar contigo, tinha de ser para sempre. E não foi. Não foi o amor que se esgotou. Foi tudo menos falta de amor.
Já te disse que não prestavas por reagires tão bem a toda a situação de não nos pertencermos. Foste um óptimo namorado até seres uma merda por quereres ser ex.
E eu que era uma merda enquanto namorada. Foste tu que me fizeste sentir assim. Foste tu que me relembraste de tudo o que não fazia, sem pensar em mim com os melhores momentos. És tu que me fazes sentir uma merda. Até porque me avisaste.
Não me quero lembrar do dia de hoje, muito menos de quantos faltam para acabar o ano. Destrói-me.
Estar sem ti ou solteira era fácil se eu não te amasse.
Mas agora acreditas que te amo?
Não respondas.
Para quem não sente nada os rótulos pouco importam e a distância não magoa. A mim deixa-me de rastos porque te amo. Matas-me por vires e desapareceres.
Pior que me ofereceres o desprezo ofereces o silêncio em dias brandos que suplico pela tua voz ou pela tua presença.
Sinto-me culpada de tudo. Muitas vezes. Quase sempre.
Mas eu sei que te estou a desgastar, com as chamadas ou quando tento espairecer procurando-te. Faço-o sem pensar. Eu não quero, mas não consigo ver-te acompanhado por outro corpo. Não consigo entender como conseguiste deixar alguém se aproximar desta forma de ti, quando nos largarmos em poucos dias. E ainda continuares convicto de que queres isto para ti.
Fui uma merda enquanto namorada e ainda sou enquanto ex porque quero ser a atual.
Estou cansada e canso quem está à minha volta e tu cansas-te de mim.
O meu problema é amar-te muito.
Magoas-me. Magoas-me muito. Mas é assim que eu vou conseguir desprogramar-te de mim. E quando isso acontecer eu ainda vou conseguir olhar para a tua cara e achar que foste o melhor que tive.
Mas vive. Feliz ou não.
Espero que um dia sintas a minha falta, nem que seja pela merda que eu fui.
Eu. Sobrevivo.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Primeira vez. Primeiro amor.

Não estou bem com o meu pai.
Tantas noites que ele preferia que eu viesse embora cedo com medo que fosse numa dessas vezes que me persuadisses. Tantas noites que ele persistia que me trouxesses cedo e ainda não percebeu que as piores noites são as que fico fechada no quarto a dormir.
Impingiram-me que fazer amor tinha que ser com alguém que partilhasse do mesmo amor que eu. Lentamente. Percebi que não poderia ser de outra forma. Nunca me ensinaram a importância da primeira vez mas facilmente percebi.
Sempre me disseram que o meu corpo nu deveria pertencer a alguém que confiasse cegamente, alguém que eu quisesse ficar para sempre. E eu achava que ia ser assim. Entreguei-me de alma e de coração numa dessas tardes que se repetiram em noites. Ao amor da minha vida.
Foi e ainda é intenso. 
Tantas vezes que eu recusei a tua aproximação carnal e agora desejo-a desalmadamente. Não é obsessão, é tudo o que senti e que nunca me deixaste que faltasse.
Jamais me ensinaram que mais do que a lembrança da primeira noite a fazer amor existem todas as outras que ficam para vida.
Todos as marcas no pescoço desapareceram e os arranhões nas costas deixaram de existir mas ainda continuo com inúmeros pedaços nossos para juntar.
Nunca me ensinaram a forma como um primeiro amor marcava. E logo eu que pensava que já tinha tido um primeiro amor. Antes de perceber que nada se resumia a um amor tão cheio de amor. Antes de perceber da possibilidade de amar tanto ou desta forma  alguém. Como um cego que confia na sua bengala eu confiava em ti de olhos fechados.
O teu toque ou o saber como me tocar. Estava tudo em ti. Moldaste-me da melhor forma. Foste o primeiro ou o único. Isso ninguém te tira. Nem as marcas que nos levaram até lá.
Não estou bem com o meu pai.
Nem contigo porque me marcaste para sempre e não falo a nível sexual.
E com ele que nunca me ensinou a sobreviver a um primeiro amor. 

Estou de rastos. Desabafo.

Estou de rastos. 
Não sintam pena, por favor. 
Revejo-me de olhos fechados durante este tempo todo. E não por acumuladas horas de sono, mas por pessoas ou situações. Pergunto-me 'Serei tão burra ou ingénua?' As duas. 
Não foi por falta de aviso, tantas vezes que me avisaram da mera pessoa que és. E eu ignorei. Vezes sem conta. Que tipo de mulher és ou achas ser? Tinhas as melhores palavras, deveras uma farsa. Tenho pena desse rebaixo por superiores. Ridículo. 
A minha dignidade nunca passou por difamar ninguém

Perdi tudo em tão pouco tempo. Tudo. 
Não basta seres alvo de um fraco amor. Se até 'os teus' permitem o desinteresse. 
A culpa é minha. Totalmente. Na maior parte das coisas. E mais uma vez dei tudo por quem não merece mais nada. Abdiquei de tudo por quem merecia o melhor. 
A culpa é minha. Pus sempre a minha família à tua frente, quando eles me deixam para trás. A culpa é minha.
Tenho as maiores desculpas para te pedir. E eu sei que vais ler isto. Desculpa. De coração. E tenho a certeza que me limpavas as lágrimas neste momento. Consegues ser tão tudo quando merecias que fizesse tudo ou o dobro que faço agora por ti.
Espero que não te deixes levar, que sejas sempre assim, e não mudes. Espero muito que não te estragues. 

Estou sozinha. E não é "mais uma vez", porque esta é a vez! Como nunca. Sou a única a ter ou puder fazer por mim. Sozinha.
Mas estou de rastos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Continuo ou continuamos?

Acho que te aproveito de todas as formas sempre que posso.
Não sei se é a forma como me agarras pela cintura ou as tuas mãos geladas quando me percorrem o corpo. Arrepiam. Mas repete. Tudo que arrepia torna-se bom. 
Ás vezes sinto a tua falta, estou na cama e lembro-me de quando deixava a porta aberta para tu entrares. E tu devagarinho, chegavas à cama frio e agarravas-me com toda a força, sempre com um beijo no pescoço. O teu perfume que ficava durante horas no meu quarto, ou era eu que já o sentia sem lá estares. E lembro-me que foi numa dessas vezes. 
Ou então quando eras imprevisível. Estávamos no H2O com uns amigos e a meio da noite entre mimos sussurraste-me ao ouvido "Apetece-me agora, vamos embora? E deixa-mo-os aqui?" Eras louco, ainda o és. Acho que amo isso em ti, porque és intemporal e sem tempo para nada quando achas que dá tempo para tudo.
A desculpa começava por ser uma massagem, mas nunca chegava a ser só uma massagem, muito menos descansavas tu os olhos. Discretamente já estávamos dentro dos lençóis só porque sou uma medrosa pelo frio, queria só que me aquecesses "os pés". E tu aquecias, mas nunca os pés que pela madrugada continuavam frios. Mas eras tão doce. 
Adorava roubar-te os cobertores na esperança que te vestisses rápido, mas sempre me agarravas para me deitar contigo, fazias-me rebolar na cama e as côcegas porque sabias que quase sufocava. 
Agora é bom, porque ainda somos mais loucos que antes, agora fazemos tudo o que podíamos e o que não podemos, com ou sem roupa, não importa. 
Não sei se é quando te arranho as costas, quando te mordo a orelha ou quando desço pelo pescoço, mas acho que é pelo meio que te perdes, comigo ou por mim. Dos teus pontos fracos, o maior deles devia ser eu.
E neste momento adorava saber se querias que continuasse... por aqui a escrever, ou a relembrar juntos. Perdidos. Ou perdidamente ...

Foda-se.

É interessante.
Conseguir deixar-te com os nervos à flor da pele. Não controlas, nunca controlaste. E não consegues ultrapassar. Odeias ver-me perto de outros corpos aparentemente duvidosos (e conheço-te tão bem com esse bater do copo em cima do balcão propositadamente à minha frente). Ainda reages como se namorássemos e sinceramente adoro que ainda o sintas ...
Torna-se delicioso o sabor amargo de um "nunca mais" quando me pedes mais uma vez e ainda me levas a casa. Não eram as ultimas palavras, era a conversa que faltava! A conversa, os pedidos e os estalos merecidos. 
A sensação de "estraguei tudo" pela pessoa que tu amas quando é ela que te faz desperdiçar tudo.
A noção de que queres tanto como eu, que te agarre ou que pronuncie algo que te acalme neste momento! E é tudo isso que quero ou sinto, mas peço que sofras, por antecipação ou pelo medo de um dia me perderes. 
"É isso que queres?" Na angustia de perder tudo, sem dizeres nada disseste tudo com o desligar do carro, ou por esperares que recuasse quando decidi que estavas consciente na tua ida.
"Por ti e contigo TUDO" meu amor.
Amo-te, amo-te tanto por ainda me desejares tanto ou mais como da primeira vez. Por me achares linda com olheiras e me abraçares no frio da madrugada. 
Pelos beijos frenéticos, e por desejares a passagem de ano comigo. 
Por quereres sempre o melhor para mim, por te preocupares. 
És o melhor do mundo, bêbado ou não, és lindo, com ciumes ou não, és meu. Sou tão tua foda-se! FODA-SE. 
Amo que ames e que seja a mim que ainda me queiras na tua cama. Que seja a mim que ainda esperes por mais uma e outra vez, que seja pelo meu corpo que ainda tenhas fome ou eu pelo teu. Nús ou vestidos. Mas nús.
Foda-se. Porque com um foda-se é sempre mais intenso. 

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Prova-o

Pede-me para ficar. Diz-me que ainda existe uma garrafa à nossa espera naquele spot nosso, das segundas à noite. Convence-me a não abrir a porta do carro e, se for necessário empurra-me contra ela mas agarra-me pela cintura. Não me deixes ir. 
Explica-me mais uma vez até quando isto vai continuar ou o que realmente queres sem mendigar pelo "não sei". Acende o cigarro e devolve-me o fumo só para voltar a tocar nos teus lábios.Convida-me para sair, pede-me para dançar contigo e acompanhar os amadores passos de kizomba agarrada a ti. Pede-me uma massagem em cada canto e um beijo em cada ponto. Não me deixes olhar para o relógio. Convence-me a ficar contigo até as 4h ou 5h da manhã. Pede-me para ficar.
Esconde as minhas sapatilhas ou põe-nas no sitio mais alto que encontrares, distrai-me no maior abraço, ou rebola comigo pela cama. Tira-me os risos mais puros que me fazes sentir.
Só te peço que não me tires o tapete dos pés. Que não me tires o chão a qualquer momento, mas que a tires a ela, da tua vida. Tira-me antes a roupa e beija-me. Mas beija-me todos os dias.
Acredito tanto de ti como de mim que queiras vir. Mas se vieres, vem contigo. Por inteiro, como já te tive. 
Mas também não te quero na minha vida dia sim, dia não. Ou é sim, e é para sempre ou é não, e é nunca mais. Eu odeio o meio termo, o "mais ou menos", o "às vezes" ou o "não sei". Não quero que me prometas mundos e fundos e amanhã não tenha sequer uma mensagem tua. Prefiro que seja simples mas todos os dias. E se não for todos os dias, que seja sempre que possas. 
Mas pede-me para ficar.
Prova-me que me queres, prova-me que sou a pessoa com quem queres planear, ficar e casar. Prova-me que me amas acima de qualquer coisa, e que tudo isto não passam de meros obstáculos que tu queiras ajeitar. Não me provoques por me amares, e a tenhas pelo caminho mais fácil. Porque eu devia ser a determinação em cima da incerteza. E se assim o é,
Prova-o. 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Estou perdida mais uma vez



Lembro-me da ultima vez que aqui estivemos, as árvores são as mesmas mas com mais folhas, a água continua límpida e a mesma pedra que pisamos ainda abana ... A última vez que aqui estivemos juntos e agora estou sozinha neste mesmo sítio, como em tantos outros que me fazem lembrar de ti. 
As pessoas são poucas mas nem fazes a mínima ideia do barulho que se faz na minha mente.
Estou perdida mais uma vez. 
Não te quero ver, estou farta de te ver e não voltar a ver. Não me ligues mais, não me escrevas mais, não me procures mais. Não te lembres mais de mim e não fales de mim a ninguém. 
Não sou mais a tua segunda opção, não sou mais um incômodo e deixo de ser o teu refúgio. Não procures mais noutras pessoas o que tens em mim, não tentes encontrar pedaços meus noutra...
Não quero ser mais uma dúvida.
E assim me despeço.
Amo-te

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Sobe o degrau


A última vez que escrevi para ti foi à umas longas semanas atrás, as coisas não estavam bem em mim, porque entre nós continuam iguais. Tal como agora, as coisas começam a deteriorizar-se, não têm o mesmo sabor, a mesma cor, o mesmo tom. Mas estão melhores. Falo por mim, se só existissemos nós, neste momento, estariamos melhores, mais unidos, mais nós, mais namorados, melhores amigos, amantes, tudo num só, mais apaixonados. Tento aguentar não falar contigo, já reparaste eu sei, acredita que é para te mostrar que sou mais forte que isto, mas acabo por quebrar, como tu. Tentas, mas deslizas. Estou assim tão presente em ti, como tu em mim. Estamos vivos.
Seja os desabafos ou apenas a vontade de estarmos juntos, acontece. Acontece sempre. Precisamo-nos por nos conhecermos melhor que ninguém.
Se ignorares-me é o teu plano para me deixares ainda mais nervosa por não saber onde andas ou com quem andas, estás no caminho certo.
Não vejas a recusa como o "não te amar", porque quero tanto ou mais que tu. Talvez eu tenha conseguido fazer o que tanto precisava a alguns tempos, dizer-te o "não", e conseguir resisti-lo. Não estamos no mesmo pé de igualdade. Sobe o degrau, deixa para trás o que não te deixa voltares. Fica ou vai.
Saber o que sei hoje depois de termos estado juntos (...) Tu tinhas-me na mão, era só fechar. Apertar, guardar, levar(-me) contigo para bem longe.
Não sabes, mas a música é nossa e eu estou na minha. Sozinha. Enquanto existires tu e um nós.
Fico à espera que me procures mais uma vez, definitivamente!
Escrevi só para tirar 1% dentro de mim, amanhã logo se vê.
Um beijo, amo-te.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Não deixes as pálpebras caírem para sempre

Normalmente os meus dias começavam cedo, mas desta vez para além de cedo também estranhamente agitado.
Ouço o meu pai, aflito e a gritar do quarto. 07:35m, saio da cama a correr. A minha irmã já a sair de casa a pedir ajuda. O meu pai, a tentar ergue-la e a repetir continuamente "Não me vais deixar agora. Adélia. Adélia?" E ela respondia muito insegura e com a respiração demasiado alterada, lentamente.
Mas eu já não conseguia ouvir nada, ouço o meu pai ao longe a pedir-me para ligar para os bombeiros. E eu imune. a olhar para ti. A deixares as pálpebras caírem e quase a deixares-me. Mas e não reagi. Paralisei. Perdi tempo sem conseguir ajudar-te.
De repente abres os olhos firmemente. Que susto que me pregaste, as lágrimas já desciam pela face. Limpo-as rapidamente, foi só um susto. Mas não quero ir para a escola, quero ficar contigo. Não, não e não. Não quero ir. "Ela vai ficar bem, vai só ao hospital e depois volta." Não vale a pena, nada me tranquiliza.
Recordo-me da minha tia insistir, até me levar.
14h. Vejo a minha prima dentro do portão da escola. À minha procura, as funcionárias e a directora da escola, todas à minha procura. Marlene? Já era estranho estares ali, ainda mais por estares com os olhos vermelhos. Como se eu não te conhecesse, somos iguais quando choramos. Abraçaste-me. O abraço mais forte que me deste. Nem precisaste de falar, já eu sabia de tudo. Só te ouvi dizer "Oh meu amor"e eu chorei. Chorei, chorei e chorei com toda a vontade que tinha. Chorei ainda mais quando me contaste que a minha mãe chamou por mim, pediu para me ver, pediu para tomarem conta de mim e dizerem-me que me ama. Chorei por querer ficar com ela e ninguém me deixar. Puxarem-me, agarrarem-me e insistirem para ir à escola. E choro agora, como sempre que penso nisto, porque ela queria ver-me, ela queria. e eu não estava.
Hoje que faz precisamente 6 anos que foste embora mamã, faz 6 anos que falo contigo e misteriosamente respondes-me sem falar, faz 6 anos que nunca contei isto a ninguém, e que vivo presa na angustia de não ter estado contigo no ultimo segundo. Faz tanto tempo que me obrigaste a descobrir as coisas por mim e a tomar conta de mim sozinha, sem te ter.
Hoje já que nem a ti, que ao menos a ele, que consegue acalmar todo este sufoco, possa abraçar. Porque é de um abraço que eu preciso. E de ti, mãe.

sábado, 24 de outubro de 2015

Vazio

Não sabes quantas vezes fiquei nervosa ao ponto da fome e do sono desaparecer. Quantas noites mal passadas, quantos sorrisos falsos ou bons dias arruinados.
Não fazes a mais pequena ideia das vezes que percorri caminho para tua casa, quantas vezes escrevi-te sem obter resposta.
As chamadas não atendidas acumuladas no teu telemóvel que jamais me faziam exitar. 
As vezes que te procurei como melhor amigo, o meu melhor amigo!
As promessas de que tudo ia ficar bem e que querias-me contigo.
Os sentimentos de culpa e que estava a fazer tudo errado quando só queria fazê-lo por nós. 
Hoje sei que muitas das coisas foram em vão. Que as tuas vontades nem sempre coincidem com as minhas. Em que me culpas das persistências quando envolve chateares-te com outras pessoas(sem a minha intenção) ... As vezes que tentas não magoa-la, espedaçando-me a mim. 
Para mim chega, quando as tuas atitudes nem sempre correspondem as coisas que dizes. 

Não o faria se não me tivesses marcado mesmo, se as merdas que fizeste não estivessem entranhadas e que a única coisa que eu pense seja nisso. Neste momento não há nada. Vazio.
Cheguei a odiar-te por tudo o que me disseste e eu saber que me amas ou que ao menos tenhas um pingo de consideração por mim. E acredita nunca repeti tantas vezes as palavras "eu odeio-te". E mesmo assim não entrou. 
Mas neste momento sou eu a não querer.
E nem te consigo perceber. És confuso. 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Palavra-chave

"Dormi em casa dela mas não com ela".
Caiu-me tudo, nada me soube tão mal como ouvir isso de ti, da tua boca.
Acho que me fiquei pela primeira parte e bastou-me, mais um pedacinho se foi, cortaste-me aos bocados, amassaste, trituraste-me. 
Não me peças percebas quando eu sei que não aguentarias nem 10% disto da minha parte.
So me irrita que não te consiga deixar, mas vou desligar!
Se não me deixas fazer parte do que é teu, do teu caminho, ou se ainda há dúvidas disso, deixa-as, porque a partir de hoje vou deixá-las também. Á semanas que andamos nisto, e as incertezas continuam, ela ainda aí está porque tu queres.
"Mas ainda tens dúvidas que eu gosto de ti"(não me olhes assim, quero tanto dizer que nao, mas quero ainda mais que o demonstres) ... Então porque ? Porque é que me fazes isto? Porque?
Vou-te deixar ir porque tu queres. Fiz de tudo por nós, TUDO. E continuava a fazê-lo mas ....
"Dormi em casa dela"

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

És mais sóbrio bêbado do que lúcido

És mais sóbrio bêbado do que lúcido. 
Dois cafés, Um whiskey e um safari cola, por favor.
Ambos, melosamente "amigos" e apaixonados, que nada dizem mas que de tudo falam. Entre meias palavras e a conversa já ia longa, sem querer já sabíamos o que ambos fizemos no fim de semana, ou desde a última vez... O que se passou na semana ou cusquisses habituais. Cumplicidade ou talvez não...
O fumo  de repente emanava o ambiente fresco e torcido, uma mão na tua perna que devolvia a tua na minha logo de seguida. Repentinamente já tinha a minha mão na tua, juntas. Percebe-se que também queres. O teu braço a envolver-me a cintura, o forte hábito de me tocares...
O medo já se foi desde que entraste no carro, estas normal! 
E as bebidas repetem-se consecutivamente, já nos riamos sem piadas e os olhares constantes. Aguentas ? Aguentas olhar-me nos olhos por quanto tempo? A passar por fraca quando a vontade já era mais de te beijar do que te olhar! Para, beija-me logo!
O barulho era intenso, mas ninguém constava. Eu. Tu. Nós.
Um beijo de cada vez, a troca de fumo, um grito "AMO-TE", és louco, por mim. E eu por ti. 
Não me deixes controlar nem resistir, ambos queremos, podemos e fazemos. Queria tanto poder demonstrar, quero-te meu. Como quando estamos sós.
É as coisas que me dizes, prendes-me cada vez mais "Fica comigo" "Vamos fugir" é um tanto querer por não poder. Sentir-te abraçado a mim, corpo a corpo, a tua pele, os beijos sem medos, as mordidas desprovidas.
Fui-me embora da mesma forma, um beijo na testa e a sensação de que amanhã tudo mudava... E mais uma vez eu estava errada. 
08:46h Chamada não atendida.

domingo, 18 de outubro de 2015

Baralhas-me


Dou por mim tantas vezes a pensar em nós, e como neste momento poderíamos estar tão bem. Tantas vezes que sinto necessidade de te mandar alguma mensagem mas recuo, mesmo que até a escreva. Chega a nem ser vontade, era hábito e custa perde-lo. Demora.
O facto de me apressar a estar pronta para não esperares e agora vivo fora de horas, sem destino, sem ninguém. 

Precisamente agora, estaria mais preocupada em estar bonita para ti, as cocegas no pescoço, o simples tocar arrepiante na tua orelha, o eu adorar as veias das tuas mãos sem nunca o ter dito. Tudo se perdeu ou se deixou perder.
Amanhã queria estar contigo, mas tenho medo da tua reacção, ou melhor, da tua resposta. Tenho que resistir. Não estou preparada, como também não me preparaste para me dizeres tudo o que disseste no outro dia. Foste o próprio a confirmar que ela pouco sabe de ti, e é imperceptível, demorei precisamente um ano para conhecer o que sei de ti que nunca chegou a ser tudo, mas sim como ninguém. E agora saber que em meia dúzia de dias é na mão dela que agarras. Fecho os olhos e vejo frequentemente isso. 
Desculpa se ainda não ultrapassei ou nem o tente, é impossível eu deixar-te ir assim, ausentar-me sem fazer nada, quando sei que sentes o mesmo que eu.
Há riscos e tu corres-os. Baralhas-me. Confundes-me. Porque os fazes! Porque mais que precisares de me sentires tua, percebo tão bem que precisas ainda mais de mim, de sentires seja da forma que for, que eu continuo ali, igual, que confias em mim.
Mas, incentiva-me, ajuda-me a não perder a vontade, porque ela vai-se esgotando.

Belisca-me e diz-me que não é verdade

Neste momento, considero que fui fraca, fraca ao ponto de deixar tudo isto chegar até aqui. Como? Como é possível?
Não consigo arrepender-me, não vale a pena, não me arrependo das vezes que fui ter contigo, não me arrependo das coisas que te disse, das coisas que fiz, da verdade que presenciei sobre nós, da vontade escrita nos teus olhos, nas saudades pelo teu respirar. Só me sinto fraca por ter deixado chegar assim tão longe.
Acredito que omissão não seja sinonimo de mentira, mas a verdade é que o fizeste, a verdade é nua e crua. Tu. Ela. E o nosso amor.
Para quê contrariar? Sentir-me culpada de algo que tu não travas? Para quê? 
Não quero, não vou, nem deixo continuar. Ouvi palavras soltas que em nada faziam sentido da tua boca, não soaram a nada. Penetraram-se. Acredita, um estalo teria doído menos, muito menos. Vá, belisca-me e diz-me que não é verdade.
Estou a ver-te a ir aos bocadinhos e vai sempre um pedaço de mim também, um pedaço de bom humor que se destrói, some. Torno-me ainda mais fria, é o me refúgio. Estás longe, e eu precisava de ti por perto.
Descontrolas-me a pulsação, inevitavelmente. Tanto pelo silêncio como pelo o teu respirar ofegante demasiado perto de mim. Matas-me. Fá-lo, mas fá-lo quando estivermos juntos. Agora não, não dá, se nada que eu faça serve de prova ou desculpa. Queria dizer-te para não me deixares ir.
Ambos precisa-mo-nos. Eu sei. Tu sabes. Não me deixes porque a minha vontade é só uma. Ficar.



quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A trave continua ao meio

Não deixa de ser supérfluo, ouvir da tua boca que a única coisa que não queres é perder a minha amizade, que não me queres perder. Porque eu sinto o mesmo, mais que me perder a mim, prefiro não perder-te a ti, não há segurança melhor do que a pessoa que mais conhece de ti...
Se neste momento houvesse um "nós" completamente assumido diria que éramos muito mais namorados do que quando namorávamos. Talvez toda esta cumplicidade nos una, nos torne mais fortes... Nos aproxime. 
Ficaste mais bonito, mais apetecível. Se fosse pelo vontade que nos uníssemos, ambos estaríamos colados, mas há uma trave a meio. 
Sabes que o meu maior medo é que a distância te tire de mim. 
Acredita que tudo se tornou mais sólido, mais submisso e que na tua mão está tudo!
Tenho medo que não sejas tu que me acompanhes, que leves outro rumo e que não caminhes ao meu lado, nas saídas, nos "cafés curtos", nas fotografias, na memória.
Não sabes o quão mau é sentires na pele o arrependimento de algo que só percebes agora que estava errado.
Mas difícil torna-se mais quando sabes que o teu pensamento mudou e que agora és tão normal como outra pessoa, e que ele até percebe mas falta o toque final ... 

Amo-te 


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

É o destino

Ninguém sabe o que não escolhe. É o destino. 
À mesma hora, na mesma sala. o mesmo filme. Ninguém previa. 
É tão mais fácil olhar para ti e perceber que as mensagens já fazem mais sentido, as conversas que conscientemente era para falarmos, mas que acabam por se resolver. 
Seja lá o que corrói os nervos do teu cérebro tudo o que eu mais queria era sentar-me ao teu lado na cadeira do escritório. Abrir o jogo. Uns rabiscos num papel timbrado, ninguém sabe onde está o fim. Mas alguma coisa se irá compor.
Não há coisa que eu mais queira do que estar junto nisto contigo, neste momento como de á uns dias para trás sei que há coisas que neste momento mudava. Somos unha e carne, tu sabes. No fundo tu sabes.
Não te posso dizer que tens-me de corpo e alma, porque há apenas uma coisa que falta para eu dar tudo. Largar tudo.
Espero que saibas que eu percebo-te, e devo ser a única no meio deste bichinho circulante que ainda está aqui, porque sei o que vai aí dentro. Porque acredito, nada chega a ser falso quando se diz com os olhos. Não mentem, não desviam, não induzem, não usam, não abusam. Não deixam de se cruzar.
És o melhor de mim, ninguém se engana quando ao fundo eu já te vejo ao longe e mutuamente acontece. 

amo-te. 


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Há vícios inconfundíveis, e tão nossos

Talvez o tempo ainda te continue a por as pedras pelo caminho. Não duvido que só os fortes sobrevivam.
Esperar torna-se irritante, quase insuportável. Até que te recompensa. Recompensou-me. Desde sempre por não me deixares. Por mais insanidade que haja por aí, está tudo a acontecer, agora. Neste momento.
Provavelmente arrepender-me-ia se não desse para as tuas mãos este diário, ou melhor, se nunca o chegasses a ler, e que se permanecesse aqui nos confins.
Ler nas entrelinhas dos teus lábios que estavas a gostar e no final ainda me questionares "Já acabou? Não há mais porquê? Agora que eu estava a gostar.(risos)". Diria que é a nossa história em momentos agridoce, cada vez mais apetecíveis.
É tão bom sentir de novo que ambos caminhamos no mesmo sentido, e que mais uma vez és tu que estás ao volante, com uma mão sobre a minha perna, natural. Que as conversas fazem de novo sentido, os desabafos constantes, os risos naturais, um toque aqui, outro ali.
Há vícios inconfundíveis, e tão nossos.
Não é uma questão de molde. “É que tu agora estás exatamente como eu queria que sempre fosses, e que agora és” apetecia-me gritar, chorar, abraçar-te neste momento, e que não me largasses mais. A culpa é tua, a culpa é das palavras mais duras de se ouvir que me pronunciaste naquele dia, que se entranharam nos meus ouvidos durante semanas. Horas, noites perdidas sem dormir, mas fiz a escolha certa. Hoje estás aqui comigo.
Não te contraries mais, segue.
O caminho é apertado, e longo. Tantas vezes que me tentas dizer tudo o que querias expressar, com toda a vontade, e … e depois, recuas.  Mas tu esqueces-te dela repetidamente quando estás comigo, tu acabas por me dar tudo, por pores a vida nas minhas mãos, és tão meu. E desde sábado que poucas vezes sinto que não és.
Hoje lembrar-me que ontem ainda estávamos a rirmo-nos como dois loucos perdidos mas apaixonados, só porque rebolar contigo em cima dos lençóis depravados e desarrumados, ferrar-te no primor da noite, esconderes-me as sapatilhas nos sítios mais obscuros e altos.
Seduz-me mais uma vez.

Amo-te 

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Secret ♥

Não sou ninguém para achar que estás a fazer tudo errado, quando eu também sou suspeita nisso. Às vezes acho que andas num vai e vem, confuso. Outras tenho a certeza da tua consciência sobre as coisas.
Parecia fácil eu desligar-me de ti e tu deixares-me ir, agora sei que não o farias, agora sei que não controlas o incontrolável, padeces. 
Sinto um medo incalculável que hoje me provoques e amanhã nem me procures.
Acredita que mais do que qualquer outra pessoa queria ser eu a estar do teu lado, para além de saber que posso. Não é igual. E não seria eu, se te dissesse que não me importo contigo. Podia estar mil chateada, que se eu sentisse que precisasses de mim estaria aí para te ouvir. Como já o fiz, como hoje ainda somos, melhores amigos.
Mais que qualquer prova só o sussurrares-me "cheiras bem" (sorrindo), soube muito a saudades. Se eu não te conhecesse tão bem, não saberia que nesse momento sentiste a minha falta.
Fazer do teu peito a minha almofada à melodia da chuva, terá sido o meu calmante, sentir-te ali, meu!
Sinceramente, jamais qualquer coisa me conseguia estragar a noite e o dia seguinte depois de me encostares à paredes, interrogares-me com "Porque é que tu não eras assim dantes?" e abraçares-me. 
Amo-te  ♥ 
Amanhã não será tarde demais se hoje me procurares. 

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Hoje tens-me. Amanhã perdes-me para sempre.

Sei que deixaste de ler as minhas coisas, que deixei de fazer parte dos teus planos e do teu tempo.
Sei que ainda te lembras de mim e que a vontade de me ter por perto ainda aí está, apesar de lutares contra isso. 
Há poucas coisas que me fazem pensar que gostes dela. Mas como de mim, nenhumas. Tudo o que há entre nós, mesmo sem haver, quando estamos juntos. Tu esqueces-te dela. Tu perdeste comigo.
E por mais erros que ambos tenhamos cometido, só me fez perceber de tudo o que eu tinha, do que eras, do que conquistamos, do que queríamos. E voltou tudo com muito mais força. 
É impossível acreditar que não sintas a minha falta, se também me procuras, se ambos podemos, queremos e fazemos. 
Não seja o arrependimento a fazer algo por ti, porque nessa altura já não existe nós.
A carne não é fraca se tu quiseres. Hoje tens-me de corpo e alma, completamente tua, amanhã perdes-me para sempre. 
Arrisca. Não esperes.

domingo, 4 de outubro de 2015

05h:40m

Não sei se rio, se choro ou se durmo.
Não sei se fico contente, ou se me chateio. 
Chegar ao quarto, vestir o pijama, e deitar-me com a sensação de que estava tudo errado, ver a felicidade nos outros, enquanto me incomodam, mudam-me o humor. A chuva batia com intensidade na minha janela.
 O telemóvel toca. É ele. "Onde estás ???" (típicos pontos de interrogação) Conseguia ouvir a minha pulsação, a mil.O sono, o cansaço, desapareceu tudo!
Neste momento apetecia-me ignorar-te, mas há algo mais forte.
O meu relógio marcava as 3h:12m, estaria eu a sonhar? "Anda ter comigo
Chateada ou não, não havia tempo para pensar. 
Eras tu, bem ou mal.
Por momentos senti-te com saudades minhas, os abraços repetidos, os beijos sem eu pedir. Estava tudo diferente. A tua voz, a forma como me puxavas para ti, tudo. Parecíamos nós. E não era só impressão minha. Não houve arrependimento. Estavas em ti, como nunca. 
Pedires-me para nunca te deixar. Dizeres-me que sou a única pessoa em quem confias, dizeres-me coisas que nunca ouvi de ti. 
Estarei a ser iludida? Devo esperar por ti? Lutar? 
05h:40m já estavas mais para lá do que para cá. Cobri-te. Dei-te um beijinho e bati a porta.
Bati a porta com a sensação que amanhã seria outro dia, aquela sensação de medo que tudo mude e que ias reagir como se nada tivesse passado. Como antes. E nunca estive tão errada. Acordar com uma mensagem tua. Não resistires aos meus "lol" e ligares-me. Não há melhor conforto, não há. 
Não diria louca, mas apaixonada. Só uma pessoa me faria levantar do quentinho da minha cama para ir ter contigo.
Amo-te. 

sábado, 3 de outubro de 2015

Umas ficam outras vão

Não há nada melhor que percebermos que as boas amizades permanecem. Que apesar da distância, a confiança ainda consta, a amizade, a boa relação, as conversas, as novidades.
Sei que é fácil desligarmos das pessoas quando iniciamos um relacionamento, apesar disso não ser sinónimo de despreocupação, ou indiferença. Ninguém nos deve prender, deixar, ou terminar uma amizade por ciume. Há algo mais. Não deviam haver escolhas. Antes desse tão arrepiante "nós" já existiam as amizades, já existiam as pessoas que partilhavam connosco, mais ou até menos, mas partilhavam, eram as nossas cobaias em tudo.
O melhor de tudo, é saber diferenciar, conciliar, se podemos ter tudo, porquê escolher, porquê optar? As palavras esgotam-se, há coisas que contadas por nós ficam com mais encanto, é bom relembrar em conjunto, da saudade, dá aperto, mas é bom. Torna-nos mais dispertos. Levo sempre comigo pessoas que jamais esquecerei, que são o fruto de uma aprendizagem de anos, aprendemos com os nossos erros é certo, mas com o dos outros também.
Há surpresas, as pessoas mudam. Umas ficam outras vão. Umas esquecem outras preferem nem lembrar.

Tinha-te da melhor forma e perdi-te da pior

A distância corrói-nos, e a vontade de estarmos juntos nem sempre. 
Culpas-me a mim, culpo-te a ti, culpámo-nos porque alivia a dor de nos deixar desmoronar por algo que terminou e que ambos não queríamos.
Estaríamos em Agosto, quando as coisas ainda pareciam ter pernas para andar e à dois dias faríamos 1 ano e nove meses, mas de um dia para o outro tudo se foi, tudo se vai. A tua voz, a atenção, o carinho, tudo o que era meu, jamais permanece. Se tinha que ser, não sei, nada é por acaso nesta vida. 
Tinha-te da melhor forma e perdi-te da pior. Provavelmente devia dizer-te o quão valorizava-te mas sempre preferia fazê-lo para os outros, ou aqui sozinha.
Mas amei-te como ninguém. Amo-te. 
É inexplicável, o porquê e como do que estás a fazer. Não acredito que estejas em ti para o fazer. Para deixar tudo para trás por outra pessoa. Por não aguentares a atração que ainda ambos sentimos, por o meu respirar coincidir com o teu, por o saber por não ter. É estranho e absolutamente errado, mas não o faria de outra forma. É a ti que eu quero, é a ti que devo. 
E acredita que quanto mais me afasto mais pertenço a ti.
Mas não fui só eu que te perdi.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Não vás. Fica. Comigo.

Estaria louca. Estarei louca por achar que ainda não estou em mim. Que isto vai entrando devagarinho e que eu vou apercebendo-me da verdade das coisas aos poucos.
Querendo ou não, esforçando-me ou não, ainda há algo teu dentro de mim, que insiste persiste. É a minha vontade contra o amor que sinto por ti. É um vai e vem. Ainda há aquela sensação de te querer por perto.
O teu cheiro que me persegue. Os carros que me parecem todos iguais. A insistência de que ainda te vou encontrar.
Há esperança, nem que seja de 1%, sempre houve. E não acaba.
Eu tive-te da cabeça aos pés, de todos os lados, sem medos, sem vergonhas, sem problemas, sem ninguém. Tive-te de todas as formas. É difícil perceber que tive-te, que faz parte do passado, neste momento não és meu, de nenhuma das formas.
És tu e eu sou eu. Já não somos nós como à uns dias, que as insistências, as chamadas, as preocupações acabaram. As mensagens, o desejo de me procurar, os beijos ao fim da noite.
Não me peças para resistir a algo que é mais forte do que eu, do que tu. Não peças para acabar com isto se ambos não conseguimos. Atrás de uma mão vem um braço. A seguir a um abraço vem um beijo. É inconfundível. Eu conheço-te tão bem como ninguém.
Dizeres que não consegues é um sinal de fracasso, se me amas, se me queres, vai.
Não deixes o tempo passar, não atrases o tempo.
Não vás. Fica. Comigo.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

The best of me

Neste momento sinto uma vontade incrédula de escrever,  é mesmo assim, fecho os olhos e é um lágrima que e escorre pelo o rosto, abro os olhos e é um arrepiar de pele que me entristece a face…
Hoje , não a minha mente , mas o meu coração persiste em definir o quão meu és.
Eu não me arrependo de cada vez que me aproximei de ti, de cada vez que o meu coração desesperava por ti, por cada vez que eu te dava para trás só para te sentir por perto.
Espero que um dia saibas que mais que namorado, és meu melhor amigo, o que me conforta, o que se aconchega a mim, o que me protege e me ama. 
É tão bom lembrar de como o amor nos juntou, ou da forma que foi, perceber como o amor consegue unir dois corações e mantê-los tão profundos e eternos num amor que é só nosso. 
Eu sei que raramente o faço, raramente to digo, és a melhor coisa que me aconteceu, a melhor pessoa que eu podia ter. 

Não há ninguém assim, que me valorize, me chateie, me beije, me abrace, não há. No meio de desconhecidos és a minha segurança, mais que ninguém, o que melhor conhece, o que mais sabe. És meu. 
Amo-te.
Tanto Hugo.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Até um dia.

Chegou ao fim o que começou à um ano e quatro meses atrás.
Não consigo explicar como. Apagar o que o tempo ensinou, criou ou alimentou. Completamente repentino e sem volta a dar.
O amor ficou e a vontade foi. Como o vento leva as pessoas e trás as saudades. Elas estão cá, mas acabou. Acabou a rotina, acabou a esperança que algo se reate. Acabou tudo.

Basta desistir. E eu desisti, por querer. Por não aguentar as saudades e sem poder matá-las. Por não aguentar escolhas mal feitas. Por não aguentar preferências. Sou livre agora, sem querer, mas querendo.

Nunca quis um namoro por rótulo, melhores amigos são melhores amigos, pela confiança, união e amizade, não por estar na moda. Chega. Chega de desculpas, chega de impaciência. Ninguém deixa as coisas irem se quiser que elas fiquem.
Correr atrás nunca foi sinónimo de rebaixar. Vais perceber que me perdeste, um dia. Talvez. Quando for tarde. Quando acabar a vontade de saires com outros e te aperceberes que afinal há poucos com quem podes desabafar, abraçar, chorar. Tudo. Que te falta qualquer coisa. E que ainda à pouco alguém o preenchia, mas já cá não está. Nesse momento, espero ter recuperado.
Sê feliz, desejo-te o mundo, sabes. Porque fizeste de mim, a pessoa mais feliz do mundo, obrigada do fundo do coração.


Até um dia.

what do tou think?