terça-feira, 25 de abril de 2017

Tu até podes nem saber

Tu até podes nem saber, mas eu sei que nunca terás ninguém como eu. Mesmo que o tempo passe, ninguém te vai dar a paciência, a tolerância e o amor que eu te dou.
Tu até podes nem saber, mas eu sei que vou ser sempre a mulher da tua vida, tenhas 5, 6 ou 10 mulheres. Pelos obstáculos, as batalhas ou a natureza das nossas vidas. Pela saliva que gasto contigo, seja no teu corpo ou nas discussões que partilhamos.
Tu até podes nem saber, mas eu sei que fiz mais por ti do que vou fazer por qualquer outra pessoa. E não por seres o primeiro, mas por seres tanto e por me impores tanto de mim em ti.
A pessoa que esteve ao teu lado nos últimos anos, é a mulher que te conhece como a palma das mãos, pelo canto das orelhas ou pelo dedo mais pequeno, é a mulher que não te consegue controlar, mas no pior das tuas escolhas, é a melhor. E tenho a certeza, que no meio de tanta asneira, as maiores são as mais insignificantes. 
Tu até podes nem saber, mas eu sei que um dia vais pensar na merda de pessoa que eu fui. E sim, merda. Merda de pessoa que eu fui para te deixar achá-lo. Pelo amor que não me dei, e guardei para ti.
Tu até podes nem saber, mas o erro de hoje, não se repete amanhã.

Tu até podes nem saber, ou até sabes.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

A liberdade consome-lhes


Estive feliz durante tanto tempo e achava eu que a felicidade era mais que isso. Queria mais do que a vida me podia dar.
Há uns tempos entrei num bar e não vi ninguém seguro de si lá dentro.
Miúdos de 40 e falsos adultos de 20 com o copo ou o cigarro na mão. Procuram a liberdade ou a resolução dos problemas dentro de quatro paredes na degustação profunda de whisky mais velho que eu, até de manhã. Qual é o tamanho do teu fígado? De que cor é o teu pulmão? Como se houvesse uma maratona de álcool. Não há limite e o exagero nem existe. O século em que eu nasci é o mais pobre em persistência e o mais rico em desistência. A autodestruição passou a ser a solução para muitos, tanto que até confiam no efeito negro da nicotina.
A ingenuidade pesa-lhes. E a liberdade consome-lhes.
Mas amanhã ainda voltam. E depois também.
O meu pai mal sabe que eu descartei esta vida para mim. Procuro tudo menos uma noite rodeada de hálitos fortes a álcool, roupa a transpirar um odor a tabaco ou a inconsciência que para alguns deve contagiar.
Há uns anos eu queria estudar o comportamento humano porque deve ser de génio, mas o quê mais do que presenciar o descabimento individual. Nenhum bom psicólogo forma-se com base em metros de apontamentos. Ando a licenciar-me sem ir as aulas, muito menos sem matrícula.

domingo, 1 de janeiro de 2017

Quem diria

Quem diria que eu a um ano atrás  estaria a despedir-me de ti. De um atraso, de uma palavra sem chegada, as tuas vindas e idas, e o meu ponto final. 
Puro, nu e cru. O retorno que eu prometi não ter volta se me deixasses. Atitude. Eu queria que a tua atitude sobrepusesse qualquer palavra, qualquer beijo ou toque. 
Não há nada melhor que um mulher bem amada.  
E 2016 foi o ano. 
O ano que eu quis com os pés assentes ter-te por completo como sempre quis mas que as cicatrizes que me foste deixando acentuou o valor que tu tens e que eu me esquecia de ver. 
Mas a ironia do destino fez com que o caminho que nos separou também nos unisse. 
É amor e se não for amor eu não sei o que é. 
Amo-te. 

what do tou think?