terça-feira, 27 de outubro de 2015

Não deixes as pálpebras caírem para sempre

Normalmente os meus dias começavam cedo, mas desta vez para além de cedo também estranhamente agitado.
Ouço o meu pai, aflito e a gritar do quarto. 07:35m, saio da cama a correr. A minha irmã já a sair de casa a pedir ajuda. O meu pai, a tentar ergue-la e a repetir continuamente "Não me vais deixar agora. Adélia. Adélia?" E ela respondia muito insegura e com a respiração demasiado alterada, lentamente.
Mas eu já não conseguia ouvir nada, ouço o meu pai ao longe a pedir-me para ligar para os bombeiros. E eu imune. a olhar para ti. A deixares as pálpebras caírem e quase a deixares-me. Mas e não reagi. Paralisei. Perdi tempo sem conseguir ajudar-te.
De repente abres os olhos firmemente. Que susto que me pregaste, as lágrimas já desciam pela face. Limpo-as rapidamente, foi só um susto. Mas não quero ir para a escola, quero ficar contigo. Não, não e não. Não quero ir. "Ela vai ficar bem, vai só ao hospital e depois volta." Não vale a pena, nada me tranquiliza.
Recordo-me da minha tia insistir, até me levar.
14h. Vejo a minha prima dentro do portão da escola. À minha procura, as funcionárias e a directora da escola, todas à minha procura. Marlene? Já era estranho estares ali, ainda mais por estares com os olhos vermelhos. Como se eu não te conhecesse, somos iguais quando choramos. Abraçaste-me. O abraço mais forte que me deste. Nem precisaste de falar, já eu sabia de tudo. Só te ouvi dizer "Oh meu amor"e eu chorei. Chorei, chorei e chorei com toda a vontade que tinha. Chorei ainda mais quando me contaste que a minha mãe chamou por mim, pediu para me ver, pediu para tomarem conta de mim e dizerem-me que me ama. Chorei por querer ficar com ela e ninguém me deixar. Puxarem-me, agarrarem-me e insistirem para ir à escola. E choro agora, como sempre que penso nisto, porque ela queria ver-me, ela queria. e eu não estava.
Hoje que faz precisamente 6 anos que foste embora mamã, faz 6 anos que falo contigo e misteriosamente respondes-me sem falar, faz 6 anos que nunca contei isto a ninguém, e que vivo presa na angustia de não ter estado contigo no ultimo segundo. Faz tanto tempo que me obrigaste a descobrir as coisas por mim e a tomar conta de mim sozinha, sem te ter.
Hoje já que nem a ti, que ao menos a ele, que consegue acalmar todo este sufoco, possa abraçar. Porque é de um abraço que eu preciso. E de ti, mãe.

sábado, 24 de outubro de 2015

Vazio

Não sabes quantas vezes fiquei nervosa ao ponto da fome e do sono desaparecer. Quantas noites mal passadas, quantos sorrisos falsos ou bons dias arruinados.
Não fazes a mais pequena ideia das vezes que percorri caminho para tua casa, quantas vezes escrevi-te sem obter resposta.
As chamadas não atendidas acumuladas no teu telemóvel que jamais me faziam exitar. 
As vezes que te procurei como melhor amigo, o meu melhor amigo!
As promessas de que tudo ia ficar bem e que querias-me contigo.
Os sentimentos de culpa e que estava a fazer tudo errado quando só queria fazê-lo por nós. 
Hoje sei que muitas das coisas foram em vão. Que as tuas vontades nem sempre coincidem com as minhas. Em que me culpas das persistências quando envolve chateares-te com outras pessoas(sem a minha intenção) ... As vezes que tentas não magoa-la, espedaçando-me a mim. 
Para mim chega, quando as tuas atitudes nem sempre correspondem as coisas que dizes. 

Não o faria se não me tivesses marcado mesmo, se as merdas que fizeste não estivessem entranhadas e que a única coisa que eu pense seja nisso. Neste momento não há nada. Vazio.
Cheguei a odiar-te por tudo o que me disseste e eu saber que me amas ou que ao menos tenhas um pingo de consideração por mim. E acredita nunca repeti tantas vezes as palavras "eu odeio-te". E mesmo assim não entrou. 
Mas neste momento sou eu a não querer.
E nem te consigo perceber. És confuso. 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Palavra-chave

"Dormi em casa dela mas não com ela".
Caiu-me tudo, nada me soube tão mal como ouvir isso de ti, da tua boca.
Acho que me fiquei pela primeira parte e bastou-me, mais um pedacinho se foi, cortaste-me aos bocados, amassaste, trituraste-me. 
Não me peças percebas quando eu sei que não aguentarias nem 10% disto da minha parte.
So me irrita que não te consiga deixar, mas vou desligar!
Se não me deixas fazer parte do que é teu, do teu caminho, ou se ainda há dúvidas disso, deixa-as, porque a partir de hoje vou deixá-las também. Á semanas que andamos nisto, e as incertezas continuam, ela ainda aí está porque tu queres.
"Mas ainda tens dúvidas que eu gosto de ti"(não me olhes assim, quero tanto dizer que nao, mas quero ainda mais que o demonstres) ... Então porque ? Porque é que me fazes isto? Porque?
Vou-te deixar ir porque tu queres. Fiz de tudo por nós, TUDO. E continuava a fazê-lo mas ....
"Dormi em casa dela"

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

És mais sóbrio bêbado do que lúcido

És mais sóbrio bêbado do que lúcido. 
Dois cafés, Um whiskey e um safari cola, por favor.
Ambos, melosamente "amigos" e apaixonados, que nada dizem mas que de tudo falam. Entre meias palavras e a conversa já ia longa, sem querer já sabíamos o que ambos fizemos no fim de semana, ou desde a última vez... O que se passou na semana ou cusquisses habituais. Cumplicidade ou talvez não...
O fumo  de repente emanava o ambiente fresco e torcido, uma mão na tua perna que devolvia a tua na minha logo de seguida. Repentinamente já tinha a minha mão na tua, juntas. Percebe-se que também queres. O teu braço a envolver-me a cintura, o forte hábito de me tocares...
O medo já se foi desde que entraste no carro, estas normal! 
E as bebidas repetem-se consecutivamente, já nos riamos sem piadas e os olhares constantes. Aguentas ? Aguentas olhar-me nos olhos por quanto tempo? A passar por fraca quando a vontade já era mais de te beijar do que te olhar! Para, beija-me logo!
O barulho era intenso, mas ninguém constava. Eu. Tu. Nós.
Um beijo de cada vez, a troca de fumo, um grito "AMO-TE", és louco, por mim. E eu por ti. 
Não me deixes controlar nem resistir, ambos queremos, podemos e fazemos. Queria tanto poder demonstrar, quero-te meu. Como quando estamos sós.
É as coisas que me dizes, prendes-me cada vez mais "Fica comigo" "Vamos fugir" é um tanto querer por não poder. Sentir-te abraçado a mim, corpo a corpo, a tua pele, os beijos sem medos, as mordidas desprovidas.
Fui-me embora da mesma forma, um beijo na testa e a sensação de que amanhã tudo mudava... E mais uma vez eu estava errada. 
08:46h Chamada não atendida.

domingo, 18 de outubro de 2015

Baralhas-me


Dou por mim tantas vezes a pensar em nós, e como neste momento poderíamos estar tão bem. Tantas vezes que sinto necessidade de te mandar alguma mensagem mas recuo, mesmo que até a escreva. Chega a nem ser vontade, era hábito e custa perde-lo. Demora.
O facto de me apressar a estar pronta para não esperares e agora vivo fora de horas, sem destino, sem ninguém. 

Precisamente agora, estaria mais preocupada em estar bonita para ti, as cocegas no pescoço, o simples tocar arrepiante na tua orelha, o eu adorar as veias das tuas mãos sem nunca o ter dito. Tudo se perdeu ou se deixou perder.
Amanhã queria estar contigo, mas tenho medo da tua reacção, ou melhor, da tua resposta. Tenho que resistir. Não estou preparada, como também não me preparaste para me dizeres tudo o que disseste no outro dia. Foste o próprio a confirmar que ela pouco sabe de ti, e é imperceptível, demorei precisamente um ano para conhecer o que sei de ti que nunca chegou a ser tudo, mas sim como ninguém. E agora saber que em meia dúzia de dias é na mão dela que agarras. Fecho os olhos e vejo frequentemente isso. 
Desculpa se ainda não ultrapassei ou nem o tente, é impossível eu deixar-te ir assim, ausentar-me sem fazer nada, quando sei que sentes o mesmo que eu.
Há riscos e tu corres-os. Baralhas-me. Confundes-me. Porque os fazes! Porque mais que precisares de me sentires tua, percebo tão bem que precisas ainda mais de mim, de sentires seja da forma que for, que eu continuo ali, igual, que confias em mim.
Mas, incentiva-me, ajuda-me a não perder a vontade, porque ela vai-se esgotando.

Belisca-me e diz-me que não é verdade

Neste momento, considero que fui fraca, fraca ao ponto de deixar tudo isto chegar até aqui. Como? Como é possível?
Não consigo arrepender-me, não vale a pena, não me arrependo das vezes que fui ter contigo, não me arrependo das coisas que te disse, das coisas que fiz, da verdade que presenciei sobre nós, da vontade escrita nos teus olhos, nas saudades pelo teu respirar. Só me sinto fraca por ter deixado chegar assim tão longe.
Acredito que omissão não seja sinonimo de mentira, mas a verdade é que o fizeste, a verdade é nua e crua. Tu. Ela. E o nosso amor.
Para quê contrariar? Sentir-me culpada de algo que tu não travas? Para quê? 
Não quero, não vou, nem deixo continuar. Ouvi palavras soltas que em nada faziam sentido da tua boca, não soaram a nada. Penetraram-se. Acredita, um estalo teria doído menos, muito menos. Vá, belisca-me e diz-me que não é verdade.
Estou a ver-te a ir aos bocadinhos e vai sempre um pedaço de mim também, um pedaço de bom humor que se destrói, some. Torno-me ainda mais fria, é o me refúgio. Estás longe, e eu precisava de ti por perto.
Descontrolas-me a pulsação, inevitavelmente. Tanto pelo silêncio como pelo o teu respirar ofegante demasiado perto de mim. Matas-me. Fá-lo, mas fá-lo quando estivermos juntos. Agora não, não dá, se nada que eu faça serve de prova ou desculpa. Queria dizer-te para não me deixares ir.
Ambos precisa-mo-nos. Eu sei. Tu sabes. Não me deixes porque a minha vontade é só uma. Ficar.



quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A trave continua ao meio

Não deixa de ser supérfluo, ouvir da tua boca que a única coisa que não queres é perder a minha amizade, que não me queres perder. Porque eu sinto o mesmo, mais que me perder a mim, prefiro não perder-te a ti, não há segurança melhor do que a pessoa que mais conhece de ti...
Se neste momento houvesse um "nós" completamente assumido diria que éramos muito mais namorados do que quando namorávamos. Talvez toda esta cumplicidade nos una, nos torne mais fortes... Nos aproxime. 
Ficaste mais bonito, mais apetecível. Se fosse pelo vontade que nos uníssemos, ambos estaríamos colados, mas há uma trave a meio. 
Sabes que o meu maior medo é que a distância te tire de mim. 
Acredita que tudo se tornou mais sólido, mais submisso e que na tua mão está tudo!
Tenho medo que não sejas tu que me acompanhes, que leves outro rumo e que não caminhes ao meu lado, nas saídas, nos "cafés curtos", nas fotografias, na memória.
Não sabes o quão mau é sentires na pele o arrependimento de algo que só percebes agora que estava errado.
Mas difícil torna-se mais quando sabes que o teu pensamento mudou e que agora és tão normal como outra pessoa, e que ele até percebe mas falta o toque final ... 

Amo-te 


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

É o destino

Ninguém sabe o que não escolhe. É o destino. 
À mesma hora, na mesma sala. o mesmo filme. Ninguém previa. 
É tão mais fácil olhar para ti e perceber que as mensagens já fazem mais sentido, as conversas que conscientemente era para falarmos, mas que acabam por se resolver. 
Seja lá o que corrói os nervos do teu cérebro tudo o que eu mais queria era sentar-me ao teu lado na cadeira do escritório. Abrir o jogo. Uns rabiscos num papel timbrado, ninguém sabe onde está o fim. Mas alguma coisa se irá compor.
Não há coisa que eu mais queira do que estar junto nisto contigo, neste momento como de á uns dias para trás sei que há coisas que neste momento mudava. Somos unha e carne, tu sabes. No fundo tu sabes.
Não te posso dizer que tens-me de corpo e alma, porque há apenas uma coisa que falta para eu dar tudo. Largar tudo.
Espero que saibas que eu percebo-te, e devo ser a única no meio deste bichinho circulante que ainda está aqui, porque sei o que vai aí dentro. Porque acredito, nada chega a ser falso quando se diz com os olhos. Não mentem, não desviam, não induzem, não usam, não abusam. Não deixam de se cruzar.
És o melhor de mim, ninguém se engana quando ao fundo eu já te vejo ao longe e mutuamente acontece. 

amo-te. 


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Há vícios inconfundíveis, e tão nossos

Talvez o tempo ainda te continue a por as pedras pelo caminho. Não duvido que só os fortes sobrevivam.
Esperar torna-se irritante, quase insuportável. Até que te recompensa. Recompensou-me. Desde sempre por não me deixares. Por mais insanidade que haja por aí, está tudo a acontecer, agora. Neste momento.
Provavelmente arrepender-me-ia se não desse para as tuas mãos este diário, ou melhor, se nunca o chegasses a ler, e que se permanecesse aqui nos confins.
Ler nas entrelinhas dos teus lábios que estavas a gostar e no final ainda me questionares "Já acabou? Não há mais porquê? Agora que eu estava a gostar.(risos)". Diria que é a nossa história em momentos agridoce, cada vez mais apetecíveis.
É tão bom sentir de novo que ambos caminhamos no mesmo sentido, e que mais uma vez és tu que estás ao volante, com uma mão sobre a minha perna, natural. Que as conversas fazem de novo sentido, os desabafos constantes, os risos naturais, um toque aqui, outro ali.
Há vícios inconfundíveis, e tão nossos.
Não é uma questão de molde. “É que tu agora estás exatamente como eu queria que sempre fosses, e que agora és” apetecia-me gritar, chorar, abraçar-te neste momento, e que não me largasses mais. A culpa é tua, a culpa é das palavras mais duras de se ouvir que me pronunciaste naquele dia, que se entranharam nos meus ouvidos durante semanas. Horas, noites perdidas sem dormir, mas fiz a escolha certa. Hoje estás aqui comigo.
Não te contraries mais, segue.
O caminho é apertado, e longo. Tantas vezes que me tentas dizer tudo o que querias expressar, com toda a vontade, e … e depois, recuas.  Mas tu esqueces-te dela repetidamente quando estás comigo, tu acabas por me dar tudo, por pores a vida nas minhas mãos, és tão meu. E desde sábado que poucas vezes sinto que não és.
Hoje lembrar-me que ontem ainda estávamos a rirmo-nos como dois loucos perdidos mas apaixonados, só porque rebolar contigo em cima dos lençóis depravados e desarrumados, ferrar-te no primor da noite, esconderes-me as sapatilhas nos sítios mais obscuros e altos.
Seduz-me mais uma vez.

Amo-te 

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Secret ♥

Não sou ninguém para achar que estás a fazer tudo errado, quando eu também sou suspeita nisso. Às vezes acho que andas num vai e vem, confuso. Outras tenho a certeza da tua consciência sobre as coisas.
Parecia fácil eu desligar-me de ti e tu deixares-me ir, agora sei que não o farias, agora sei que não controlas o incontrolável, padeces. 
Sinto um medo incalculável que hoje me provoques e amanhã nem me procures.
Acredita que mais do que qualquer outra pessoa queria ser eu a estar do teu lado, para além de saber que posso. Não é igual. E não seria eu, se te dissesse que não me importo contigo. Podia estar mil chateada, que se eu sentisse que precisasses de mim estaria aí para te ouvir. Como já o fiz, como hoje ainda somos, melhores amigos.
Mais que qualquer prova só o sussurrares-me "cheiras bem" (sorrindo), soube muito a saudades. Se eu não te conhecesse tão bem, não saberia que nesse momento sentiste a minha falta.
Fazer do teu peito a minha almofada à melodia da chuva, terá sido o meu calmante, sentir-te ali, meu!
Sinceramente, jamais qualquer coisa me conseguia estragar a noite e o dia seguinte depois de me encostares à paredes, interrogares-me com "Porque é que tu não eras assim dantes?" e abraçares-me. 
Amo-te  ♥ 
Amanhã não será tarde demais se hoje me procurares. 

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Hoje tens-me. Amanhã perdes-me para sempre.

Sei que deixaste de ler as minhas coisas, que deixei de fazer parte dos teus planos e do teu tempo.
Sei que ainda te lembras de mim e que a vontade de me ter por perto ainda aí está, apesar de lutares contra isso. 
Há poucas coisas que me fazem pensar que gostes dela. Mas como de mim, nenhumas. Tudo o que há entre nós, mesmo sem haver, quando estamos juntos. Tu esqueces-te dela. Tu perdeste comigo.
E por mais erros que ambos tenhamos cometido, só me fez perceber de tudo o que eu tinha, do que eras, do que conquistamos, do que queríamos. E voltou tudo com muito mais força. 
É impossível acreditar que não sintas a minha falta, se também me procuras, se ambos podemos, queremos e fazemos. 
Não seja o arrependimento a fazer algo por ti, porque nessa altura já não existe nós.
A carne não é fraca se tu quiseres. Hoje tens-me de corpo e alma, completamente tua, amanhã perdes-me para sempre. 
Arrisca. Não esperes.

domingo, 4 de outubro de 2015

05h:40m

Não sei se rio, se choro ou se durmo.
Não sei se fico contente, ou se me chateio. 
Chegar ao quarto, vestir o pijama, e deitar-me com a sensação de que estava tudo errado, ver a felicidade nos outros, enquanto me incomodam, mudam-me o humor. A chuva batia com intensidade na minha janela.
 O telemóvel toca. É ele. "Onde estás ???" (típicos pontos de interrogação) Conseguia ouvir a minha pulsação, a mil.O sono, o cansaço, desapareceu tudo!
Neste momento apetecia-me ignorar-te, mas há algo mais forte.
O meu relógio marcava as 3h:12m, estaria eu a sonhar? "Anda ter comigo
Chateada ou não, não havia tempo para pensar. 
Eras tu, bem ou mal.
Por momentos senti-te com saudades minhas, os abraços repetidos, os beijos sem eu pedir. Estava tudo diferente. A tua voz, a forma como me puxavas para ti, tudo. Parecíamos nós. E não era só impressão minha. Não houve arrependimento. Estavas em ti, como nunca. 
Pedires-me para nunca te deixar. Dizeres-me que sou a única pessoa em quem confias, dizeres-me coisas que nunca ouvi de ti. 
Estarei a ser iludida? Devo esperar por ti? Lutar? 
05h:40m já estavas mais para lá do que para cá. Cobri-te. Dei-te um beijinho e bati a porta.
Bati a porta com a sensação que amanhã seria outro dia, aquela sensação de medo que tudo mude e que ias reagir como se nada tivesse passado. Como antes. E nunca estive tão errada. Acordar com uma mensagem tua. Não resistires aos meus "lol" e ligares-me. Não há melhor conforto, não há. 
Não diria louca, mas apaixonada. Só uma pessoa me faria levantar do quentinho da minha cama para ir ter contigo.
Amo-te. 

sábado, 3 de outubro de 2015

Umas ficam outras vão

Não há nada melhor que percebermos que as boas amizades permanecem. Que apesar da distância, a confiança ainda consta, a amizade, a boa relação, as conversas, as novidades.
Sei que é fácil desligarmos das pessoas quando iniciamos um relacionamento, apesar disso não ser sinónimo de despreocupação, ou indiferença. Ninguém nos deve prender, deixar, ou terminar uma amizade por ciume. Há algo mais. Não deviam haver escolhas. Antes desse tão arrepiante "nós" já existiam as amizades, já existiam as pessoas que partilhavam connosco, mais ou até menos, mas partilhavam, eram as nossas cobaias em tudo.
O melhor de tudo, é saber diferenciar, conciliar, se podemos ter tudo, porquê escolher, porquê optar? As palavras esgotam-se, há coisas que contadas por nós ficam com mais encanto, é bom relembrar em conjunto, da saudade, dá aperto, mas é bom. Torna-nos mais dispertos. Levo sempre comigo pessoas que jamais esquecerei, que são o fruto de uma aprendizagem de anos, aprendemos com os nossos erros é certo, mas com o dos outros também.
Há surpresas, as pessoas mudam. Umas ficam outras vão. Umas esquecem outras preferem nem lembrar.

Tinha-te da melhor forma e perdi-te da pior

A distância corrói-nos, e a vontade de estarmos juntos nem sempre. 
Culpas-me a mim, culpo-te a ti, culpámo-nos porque alivia a dor de nos deixar desmoronar por algo que terminou e que ambos não queríamos.
Estaríamos em Agosto, quando as coisas ainda pareciam ter pernas para andar e à dois dias faríamos 1 ano e nove meses, mas de um dia para o outro tudo se foi, tudo se vai. A tua voz, a atenção, o carinho, tudo o que era meu, jamais permanece. Se tinha que ser, não sei, nada é por acaso nesta vida. 
Tinha-te da melhor forma e perdi-te da pior. Provavelmente devia dizer-te o quão valorizava-te mas sempre preferia fazê-lo para os outros, ou aqui sozinha.
Mas amei-te como ninguém. Amo-te. 
É inexplicável, o porquê e como do que estás a fazer. Não acredito que estejas em ti para o fazer. Para deixar tudo para trás por outra pessoa. Por não aguentares a atração que ainda ambos sentimos, por o meu respirar coincidir com o teu, por o saber por não ter. É estranho e absolutamente errado, mas não o faria de outra forma. É a ti que eu quero, é a ti que devo. 
E acredita que quanto mais me afasto mais pertenço a ti.
Mas não fui só eu que te perdi.

what do tou think?