Desde então
que nunca mais lá fomos.
Em
meias-verdades, mínimas respostas, fui procurar tudo o que poderíamos ter sido
sem interrupções, sem feridas, ou cicatrizes.
Nunca
consegui por um fim a nada. Nada que inclua eu ou tu, e mesmo que eu quisesse
descobri aptidões auto-destrutivas seja para nos reatarmos ou para me apaixonar
mais. Mas porra, de todos as quedas mal dadas, cales ou até dos pés calejados, foste
a escolha mais acertada.
Conheci
muitas pessoas, histórias de vida. Agora olho para o mundo de outra forma, mas
as pedras no sapatos, e todos os sagrados insólitos foste tu que me obrigaste a
suporta-los. A bem ou a mal.
Há caminhos
que delineei e caí neles e há outros que foram a roda da fortuna, para nós. Sim
porque amor vale mais que qualquer dinheiro.
Não me
imagino eu sem te ter conhecido, o que seria de mim sem ti quando entrei pela
primeira vez com umas folhas de Português na mão em tua casa? O que seria de
mim sem ti se não insistisses em algo que nem sabias que era amor mas ego
humano.
Querias-me
como uma conquista, e apaixonaste-te. As rasteiras que a vida te pregou, já
viste?
Há dois anos
que trinco a cera das velas do meu aniversário por nós. Não sou supersticiosa
mas ainda nada que eu tenha pedido se concretizou. Sou uma falhada ou é tudo
uma fachada. Talvez a escrita me desse mais sorte se eu soubesse que lias os
meus textos.
Sinto-me aniquilada.
Jamais algum
dia me imaginaria sentada a escrever sobre alguém que amo, jamais me teria
passado pela cabeça que me ia apaixonar e chegar a este ponto. Como se as
palavras que escrevo fossem aumentar qualquer desejo em ti.
Tu até
odeias ler.