quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Sim porque amor vale mais


Lembro-me de um dia deitados na cama do telheiro me dizeres que me amavas, e juro. Juro que eu senti que estava a ser amada naquele momento.
Desde então que nunca mais lá fomos.
Em meias-verdades, mínimas respostas, fui procurar tudo o que poderíamos ter sido sem interrupções, sem feridas, ou cicatrizes.
Nunca consegui por um fim a nada. Nada que inclua eu ou tu, e mesmo que eu quisesse descobri aptidões auto-destrutivas seja para nos reatarmos ou para me apaixonar mais. Mas porra, de todos as quedas mal dadas, cales ou até dos pés calejados, foste a escolha mais acertada.
Conheci muitas pessoas, histórias de vida. Agora olho para o mundo de outra forma, mas as pedras no sapatos, e todos os sagrados insólitos foste tu que me obrigaste a suporta-los. A bem ou a mal.
Há caminhos que delineei e caí neles e há outros que foram a roda da fortuna, para nós. Sim porque amor vale mais que qualquer dinheiro.
Não me imagino eu sem te ter conhecido, o que seria de mim sem ti quando entrei pela primeira vez com umas folhas de Português na mão em tua casa? O que seria de mim sem ti se não insistisses em algo que nem sabias que era amor mas ego humano.
Querias-me como uma conquista, e apaixonaste-te. As rasteiras que a vida te pregou, já viste?
Há dois anos que trinco a cera das velas do meu aniversário por nós. Não sou supersticiosa mas ainda nada que eu tenha pedido se concretizou. Sou uma falhada ou é tudo uma fachada. Talvez a escrita me desse mais sorte se eu soubesse que lias os meus textos.
Sinto-me aniquilada.
Jamais algum dia me imaginaria sentada a escrever sobre alguém que amo, jamais me teria passado pela cabeça que me ia apaixonar e chegar a este ponto. Como se as palavras que escrevo fossem aumentar qualquer desejo em ti.
Tu até odeias ler. 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Nunca te disse

Tenho dificuldade em escrever sobre ti, é difícil ter tantas coisas para te dizer mas não encontrar o sentido nas palavras. Tenho inveja de ti por mais muito egoísta que seja. Não te largo, não te troco, não te empresto.
Sou egoísta no amor que sinto por ti, é tudo em demasia para meio metro de ser. Tu sabes, perco a conta nas vezes que quis amar-te pela metade, mas tu não deixas. Consolas todos os meus porquês, mimas as minhas desculpas e mesmo assim fazes-me as vontades.
Mas o  pulmão que me arrancaste em tempos, agora acusa-se, falta-me o ar, encontro o vazio profundo de todas as vezes que relembro-me do tempo que perdi sem ti. A culpa é minha. Amava-te e deixei-te ir. Quase te dei mesmo sabendo que eras o homem da minha vida. E nunca te disse. Pus-me a prova sem querer.
Tenho inveja de ti, és mais inteligente que eu mas eu escrevo melhor que tu, nem queria, mas a alma que carrego é mais forte que eu.
Porque mesmo assim ainda temo, não sou muito segura de mim, por mais que te ame sempre mais todos os dias e te ouça a dizeres que sou linda, continuo com medo das mínimas diferenças, das convergências, do invejável, do incontrolável.. 
E quem não teme não ama.

what do tou think?