Sempre pensei assim, desde o dia em que aceitei
namorar contigo, tinha de ser para sempre. E não foi. Não foi o amor que se
esgotou. Foi tudo menos falta de amor.
Já te disse que não prestavas por reagires tão bem
a toda a situação de não nos pertencermos. Foste um óptimo namorado até seres
uma merda por quereres ser ex.
E eu que era uma merda enquanto namorada. Foste tu
que me fizeste sentir assim. Foste tu que me relembraste de tudo o que não fazia,
sem pensar em mim com os melhores momentos. És tu que me fazes sentir uma
merda. Até porque me avisaste.
Não me quero lembrar do dia de hoje, muito menos
de quantos faltam para acabar o ano. Destrói-me.
Estar sem ti ou solteira era fácil se eu não te
amasse.
Mas agora acreditas que te amo?
Não respondas.
Para quem não sente nada os rótulos pouco importam
e a distância não magoa. A mim deixa-me de rastos porque te amo. Matas-me por
vires e desapareceres.
Pior que me ofereceres o desprezo ofereces o
silêncio em dias brandos que suplico pela tua voz ou pela tua presença.
Sinto-me culpada de tudo. Muitas vezes. Quase
sempre.
Mas eu sei que te estou a desgastar, com as
chamadas ou quando tento espairecer procurando-te. Faço-o sem pensar. Eu não
quero, mas não consigo ver-te acompanhado por outro corpo. Não consigo entender
como conseguiste deixar alguém se aproximar desta forma de ti, quando nos
largarmos em poucos dias. E ainda continuares convicto de que queres isto para
ti.
Fui uma merda enquanto namorada e ainda sou
enquanto ex porque quero ser a atual.
Estou cansada e canso quem está à minha volta e tu
cansas-te de mim.
O meu problema é amar-te muito.
Magoas-me. Magoas-me muito. Mas é assim que eu vou
conseguir desprogramar-te de mim. E quando isso acontecer eu ainda vou
conseguir olhar para a tua cara e achar que foste o melhor que tive.
Mas vive. Feliz ou não.
Espero que um dia sintas a minha falta, nem que
seja pela merda que eu fui.
Eu. Sobrevivo.
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