sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Parabéns meu amor.

Amanhã fazes anos e não sei que te dizer. Digo-te que te odeio? Ou que te amo? Não sei meu amor. Desde que te conheci que dois anos já passaram. Estive longe de achar que íamos dar um laço e há uns meses desenlaçaste-o. 

Estás crescido. Eu vejo como mudas, desde o modo de andar até aos teus objetivos. Vi a tua barba crescer enquanto ao mesmo tempo tu vias-me a começar a usar maquilhagem, a tomar a pílula e a ser mais mulher. Crescemos juntos e se há algo que tenho mais orgulho foi de te ter amado em todos esses momentos e por incrível que pareça ainda estou mais apaixonada por ti.
Pensei em comprar-te um bolo com o número de dias que passamos juntos. Preparei uma surpresa para ti que ainda continua aqui em pedaços na esperança que ainda recuasses. Fiz-te mil post-its escritos para encher o teu carro. Comprei-te uma camisa com o intuito de a usares e te lembrasses de mim. Mas quem eu quero enganar meu amor? O teu dia de festejo vai ser o meu dia de desgraça.
Ela vai beijar-te à meia noite e eu vou estar em casa a guardar em mim um “Amo-te muito, espero que tenhas um dia excelente! Parabéns” querendo ser eu a torna-lo.
Estava desejosa deste dia à uns dias atrás, estávamos bem, tinha os teus bons dias matinais e um “amo-te” recheado que me enchia mais o coração ao adormecer. Estavas mais doce. Ironia do destino, num dia amavas-me e no outro desististe de mim.
Prefiro ter-te conhecido com manias que te tirei e com um humor que te acrescentei, prefiro não te ter do que te partilhar com outro alguém que só te conheceu no final da tua adolescência.
A paz de estar ao teu lado e não desejar mais ninguém. A certeza que nunca amei tanto alguém na vida. De todas as incertezas que tu achavas que eu tinha, eras a mais certa sem dúvida. O que mais queria.
Não suporto este nosso amor falhado e tu não queres o sucesso da nossa junção. Matas quaisquer possíveis histórias que poderia criar apenas porque desististe quando eu ainda estava a meio. 
Completas os teus 20 anos e eu acompanho-te de longe quando queria ser eu a beijar-te com um copo de champagne na mão, mesmo que eu odeie e o beba porque fica bem. Eras um puto, o meu puto. E o tempo passa e continuo adorar o puto que fez de mim o seu primeiro amor e que me deu o primeiro orgasmo. Não tenho duvidas que me proporcionaste os melhores momentos. E só tenho pena de não poder partilhar este dia da mesma forma que partilhaste comigo o meu. 
Quero muito que sejas feliz.
Amanhã, o dia é teu. Parabéns meu amor. 
Hugo Juvenal.

Sem comentários:

Enviar um comentário

thanks love(s).

what do tou think?