sábado, 2 de janeiro de 2016

366 novos dias, 366 novas oportunidades


As palavras não ficam gastas e há sempre algo a acrescentar. Mesmo que passem meses ou até anos não me implores para te deixar de escrever. 
As marcas estão cravadas na minha pele. 
Deixo coisas tuas ainda espalhadas pelo meu quarto para sentir que não te vais, mas já foste. E só falta mentalizar-me de que conseguiste tirar-me de ti.
Após um dia daquele em que completávamos 24 meses juntos, estou viva. E disposta a deixar para trás aquilo a que tanto dei de mim. E consciente de que já o devia ter feito. 
Mas nem o arrependimento existe.
Vivi sempre para ti enquanto tu achavas que estava a fazer algo por mim.
Sempre achavam que fazia tudo a minha maneira e o mais irónico é que sempre foram pessoas pela qual eu dava a minha vida que me diziam isso. Ninguém segura esta dor de não conseguir dar mais do que aquilo que já se ofereceu e mesmo assim não ser suficiente e era assim que eu passava os meses, a não ser suficientemente boa para ninguém nem mesmo para mim própria.

Fui feliz em 2014 e em 2016 despeço-me de ti. 
Depois de 2009, 2015 foi o ano que mais perdi, e as mazelas de um desmaio momentâneo aqui estão para marcar uma pda sem ti. E mesmo que não me lembre de cair queria era não me lembrar de ti.
Peço que todos os outros 365 dias se façam valer a pena e peço também mais uma vez a tua felicidade mesmo que a minha tenha acabado de falecer. 
E sabes, as mesmas pessoas que me curam são aquelas que me colocam num beco sem saída. Já perdi mais do que ganhei mesmo que algumas perdas sejam ironicamente mais um ganho do que outra coisa.
Arrependo-me. Não daquilo que fiz. Mas do que não fiz quando te tinha. Eu sei que não passam de lamentações que faço a mim própria, e apesar de serem erros. Foste a minha melhor aprendizagem.
366 novos dias, 366 novas oportunidades, por favor.

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