domingo, 3 de janeiro de 2016

"Amo-te e não recomendo"

Tu sabes o bem que me fazes e pior que isso sabes ainda melhor como fazê-lo.
Permites deixar-me noites em claro e a desfalecer por todas as vezes que uma foto tua surge numa rede social. Não sabes quantas vezes espero que sejas tu quando o meu telefone toca. 
Preferiste seguir em frente quando sentiste que eu ainda procurava os teus ombros. Seguravas-me como se ainda fosse tua quando já outra mão se encaixava na tua. Não na tão perfeição que as nossas se uniam.
Como é que tu achas que eu vou conseguir engolir isso?
Tu não tens o direito de encostar os teus lábios aos meus quando já estou decidida a não te querer. Danificas qualquer hipótese de eu o fazer porque planeias o meu retorno.
Asfixias as respostas quando achas que elas me vão tirar de ti. E tiraram. E nem falaste. Porque até o silêncio deixou de ser mudo.
"Amo-te e não recomendo" li isso algures por aí e foste tu a primeira pessoa a surgir. 
Esse dom que tens sobre mim, e sobrepões sobre outras. Desqualificas qualquer outro corpo quando és tu que me dominas.
É fácil amar-te. E perder-te também foi. 
É fácil ter o teu amor e ter todas as promessas riscadas também.
Sei que ainda existem muitas lágrimas que não dispersaram e sei também que não serás tu a limpá-las. Tampouco vais saber o motivo delas. 
Na dúvida, escolhe-a a ela, já que eu nunca quis ser uma opção. 
Fiz transbordar todas as minhas vontades e apesar de elas ainda constarem, hoje quebro-as. 
Já fui tua.

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