segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Não aceitas devoluções

Fechei os olhos aos teus ditos e contos mais uma vez.
Distorces a verdade e já eu tinha reparado, mas anestesiava-a quase sempre.
Não era assim tão grave. Mas já são tantos os acumulados.
Abri mão dos meus medos em relação ao amor, e acreditei nele durante meses. E ele voltou a falhar.
Seja lá o que o futuro me reserve, que tenha jacuzzi, um papel e uma caneta, porque na falta de amor, sei desenhar felicidade onde ela não existe.
Talvez seja esta a minha salvação, escrever para te esquecer. Ou melhor, escrever para não cair na tentação de te procurar.
Não é de ti que eu preciso, é de alguém melhor que tu. E não é por orgulho, porque onde o orgulho habita o amor não mora, e eu sei bem disso. E eu já estava alapada no teu colo. É amor. E agora com muita pena minha consolo o sofrimento traduzido numa mera escrita.
Terá sido o destino a levar-nos tão longe para depois nos pendurar pela corda ? Ou fomos nós que trepamos a corda até perdemos a força?
A verdade é que nos puseram à prova. E destruíram-nos, ou nós que nos destruímos a nós próprios.
Mas tu amavas-me. Tu ficaste com a intimidade e eu com o amor. Deste-me todo o amor e agora não o tenho a quem dar porque tu não aceitas devoluções.
Queria uma bela dose de amnésia de ti. 


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